sábado, 15 de setembro de 2012

(ma)cabra outra vez.

Não sei se fui abençoada à nascença ou se, por outro lado, tenho um anjinho protector e fofinho - branco e de olhos azuis, iguais àqueles pintados no Renascimento -, porque, não sabendo mais que me faça, não sei ser má e forte e ousada. E essa audácia aveludada de malvadez e ousadia enfeitiça qualquer um, até que nasce o desejo, que os deixa loucos, loucos, loucos. Pobres e coitados. Pobre e coitada de mim. Não me fazia mal nenhum um pouco de ousadia, de malvadez sensata, daquela que não faz mal ao menino Jesus e aos anjinhos; por outra, uma pimenta na salada sem tempero que sou, pois, até aposto que manifestar sensualidade não é crime. É lindo. É sensual... Precisava disso. Vou fazer isso. É preciso crescer, e quanto mais adiar este malfadado amadurecimento cruel, mais angelical fico. Bem, adeus. Agora, vou transfigurar-me no meu eu escondido, e vou ousar-me e vou ser sensual.

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