sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

#parar



Às vezes, é preciso parar, porque nos encontrarmos demasiado compenetrados em algo ou em alguém. Esses algos e alguéns que, para nós, são o mais-que-tudo podem, despropositadamente, limitar os nossos pequenos horizontes, pois pequenos já eles são de condição.
Ao longo do tempo, tenho-me apercebido, referindo agora o meu caso particular, da minha pequenez inevitável, neste mundo composto por sete biliões de pessoas. Imagine-se que me concentro numa dessas pessoas: não seria eu uma ínfima peça neste puzzle gigante? No entanto, não se discorra sobre esta tese sem uma análise cuidada. Para evitar interpretações inusitadas, acrescento alguns argumentos à minha opinião sobre o desprendimento.
Em primeiro lugar, quando, por alguma má razão, temos de nos desprender de outrem, ficamos magoados, com saudades e sofremos pelo passado, por antecipação, pelo presente. Antes não sofrer, penso eu. Há, por aí, quem pense que se trata de falta de coragem, de carência de low profile para enfrentar os obstáculos amorosos ou da amizade. Eu chamo-lhe racionalidade. Assim, se se sabe que o fim é doloroso, notavelmente frio e insensível, qual o propósito de nos sujeitarmos a um processo tão violento, como o afeto desmedido e a paixão aparentemente interminável?
 Em segundo lugar, pese embora o facto de se apelar a uma visão não egocêntrica do ser humano, este é, na minha opinião, consecutivamente liderado pelos outros. Por outras palavras, o Homem, por norma, dedica a sua vida aos outros, quer no trabalho, quer na família, mais ou menos afincadamente. Contudo, vejo nessas ações- as da dedicação aos outros – não uma necessidade, mas antes uma norma social pré-estabelecida. Assim, nessa procura da estabilidade profissional e familiar, acabamos por perder as nossas ambições primeiras e os nossos sonhos derradeiros, acabando por os transformar em aspirações socialmente aceitáveis e moralmente corretas, tais como a asseveração do futuro dos filhos, o atingimento de dada posição no emprego, entre muitos, muitos outros.
Por último, balizo as minhas palavras a este pequeno segmento: há que olhar para dentro, há que procurar a nossa essência essencial à vida. Ou, por outra, há que parar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A guerra das pessoas, a guerra dos caprichos.

Há guerras e guerras. Não creio que alguma seja necessária, mas há que admitir que os motivos de umas são mais aceitáveis do que os de outras. E, entre todas estas miseráveis guerras, há uma que é ainda mais miserável. A dita guerra das pessoas. Se até agora falei de propósito e motivo, então chegamos ao extremismo do movimento bélico, porque esta guerra não tem- nunca há de ter – um motivo que a justifique.

O que é certo é que eu nunca aprendo – que não devo confiar nas pessoas, que não devo dar-me sem medida, que não tenho força psicológica para aguentar estas balas que viajam a uma velocidade alucinante e que são disparadas por uma arma de uma pessoa que anda em guerra com outra. As pessoas são assim. Há que criar guerras. Há que alterar, de quando em vez, a rotina. Há que estragar a vida dos outros – porque isso, isso sim, vai deixar-me imensamente feliz… (!). Já que nunca fez mal um pouco de sarcasmo: obrigada. Sim, obrigada. Até uma próxima guerra.