Há guerras e guerras. Não creio
que alguma seja necessária, mas há que admitir que os motivos de umas são mais
aceitáveis do que os de outras. E, entre todas estas miseráveis guerras, há uma
que é ainda mais miserável. A dita guerra das pessoas. Se até agora falei de
propósito e motivo, então chegamos ao extremismo do movimento bélico, porque
esta guerra não tem- nunca há de ter – um motivo que a justifique.
O que é certo é que eu nunca
aprendo – que não devo confiar nas pessoas, que não devo dar-me sem medida, que
não tenho força psicológica para aguentar estas balas que viajam a uma
velocidade alucinante e que são disparadas por uma arma de uma pessoa que anda
em guerra com outra. As pessoas são assim. Há que criar guerras. Há que
alterar, de quando em vez, a rotina. Há que estragar a vida dos outros – porque
isso, isso sim, vai deixar-me imensamente feliz… (!). Já que nunca fez mal um
pouco de sarcasmo: obrigada. Sim, obrigada. Até uma próxima guerra.
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