terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Críticas


Uma crítica não me desmoraliza. Torna-me mais forte e, deixa-me cheia de medo, uma vez que cada palavra proferida atinge-me, soberba, como uma facada no coração. Talvez isso me enfraqueça o corpo, mas não aligeira a alma, pois esta permanece imutável, quer eu queira quer não. O sangue da facada no coração pode jorrar, fluido, líquido e até, porventura, estancar daqui a muito, muito tempo, mas o sangue que jorra da minha alma cai às pingas insignificantes, que só são dignas de cair quando algo  é realmente merecedor de dor.
Não me perfuraste a alma, não! Dá quantas facadas quiseres no meu corpinho franzino, até eu ficar morta e fria, no chão da vida, mas não me darás facadas na alma. Porque eu não deixo... Há alguém que me tapa os buraquinhos pequeninos, como eu, da minha alma. E, presta atenção, o que os tapa não são remendos paupérrimos, mais sim rígidos e firmes.
Talvez consigas arrancar uma linha da costura perfeita, mas não arrancas, juro que não, o remendo todo, porque quem o fez tem como princípio a convicção.

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