sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Para ti


Compreendo a distância, a separação. Mas não entendo a mágoa que nos causa; a angústia que se aprisiona no meu ser, pelos quilómetros que distam entre nós. Não são eles que comandam amizades imutáveis, como a nossa... Não são rotinas entediantes e diferentes, que dificultam, por si só, o que sinto por ti. E já que escrevo para ti, não sei bem o que escrever, porque o que vivemos foi apenas nosso, e foi indescritível. Inefável. Não que isso seja mau. Não o é. Não que isso seja um factor para chorarmos de saudade agarrados ao objecto que nos mais liga e para nos arrependermos das escolhas que fizemos. Não! Escolhemos, decidimos. Eu escolhi estar longe de ti, mas não permitirei que essa distância nefasta me afaste da proximidade outrora adquirida, que permanecerá eterna no tempo.

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