terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Quando a tua voz se torna independente.

Penso por vezes que o vou perder. Não o quero deixar fugir por entre os dedos, mas se o fizer, correrei, veloz. É que a felicidade é indecifrável…Será que não posso decifrar metade dela com ele? Quero-o. Acho que até que nunca quis nada como esta pretensão que sinto em querê-lo… E se o perfume dele não perdurar no tempo que nos separa, se eu perder a imagem do seu corpo na mente…Perco-me também. Não podemos ser os dois perdidos, pelo menos, tenho perdê-lo próximo de mim. Só me questiono múltiplas vezes porquê. É certo que o tenho, que ele me tem, que o desejo, pois apesar desta ambição caprichosa de o ter só para mim, há a distância…Aí não somos caprichosos, não! Porquê, mais uma vez, tê-lo só para mim? A resposta é tão fácil e tão dura de pronunciar…A vergonha atinge-me, estrangula-me e não me deixar soltar um amo-te. Ela pode tornar-me afónica, muda, aliás…! Mas ela, maldita, não me amarra e prende os dedos, nem me esconde a caneta para escrever a mais bela palavra presente num mundo de ódio aparente.


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