terça-feira, 10 de abril de 2012

Um sono (in)determinante...

Parei. Respirei o odor, a fragância que pairava nas redondezas do meu corpo. Adormeci, por tempos, num sono de fantasia e indiferença para com o mundo. Beijei, sonhei e não abri os olhos uma única e ínfima vez. Não queria acordar mesmo. Sim, foi bom. Foi muito bom. Bestial, sem dúvida. E agora acordei para este mundo sóbrio sem beijos e sem abraços, ou melhor, provido de abraços vorazes e beijos que são mordidelas em carne tenra. Começou o início do desgaste, da frustração; as nuvens, que são trevas, são mesmo!, cobriram os céus de negro e incentivaram o uivo dos ventos da malícia que acabrunham a vida de todos ao acordar. Porque não fomos feitos para abrir os olhos, mas sim para os fechar e depois sonhar, não mais quero acordar. Muito pelo contrário. Desejo aquele adormecer lento e carinhoso, aquele que merece ser embalado, para que o recomeçar de um novo desgaste nunca mais se repita.

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