terça-feira, 17 de abril de 2012

Concreto vs abstracto


Vou ser concreta, porque o abstracto não se fixou em mim de manhã. Na verdade, sinto uma necessidade de imparcialidade e frieza que há muito não sentia. Não sei porquê. Não sei mesmo. E agora, estão a ver (?), o concreto está a transformar-se em abstracto lentamente, porque eu não consigo espremer-me ate ficar telegráfica e sem sentimento. 
Ai, não, não! Vou ser concreta, de uma vez por todas, e deixar estes eufemismos que de úteis possuem pouco, para me precaver de possíveis recaídas sentimentais e pouco racionais. Sim, sim… Vou tornar-me um ser comandado pela Razão e não pela alma a fim de não criar expectativas inexistentes ou desejos que nunca serão realizados. Já que sou incapaz de estabelecer um fio de comunicação desprovido de emoção, tenho de tentar ser cérebro e só cérebro. E não, não é ganância nem insensibilidade – é preocupação com a pessoa que fui e medo da pessoa que posso vir a ser.

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